Os principais aspetos abordados no Relatório do Cefic que marcam as tendências atuais da indústria química relacionam-se com a fraca procura, uma melhoria ao nível das exportações e uma confiança baixa no setor.
Estes fatores são desafios prementes para a indústria química dos Estados-Membros que têm contribuído para o seu baixo nível de competitividade à escala global.
Algumas das tendências referidas no relatório passam pelo aumento dos preços do petróleo e gás natural contrariamente ao dos produtos químicos que diminuiu. Para além disso, a produção química cresceu 3,6% relativamente ao ano anterior, porém de forma desigual entre os Estados-Membros.
Para ter acesso à lista total de tendências e a informação mais detalhada, consulte aqui.
A indústria química, apesar dos desafios, tem um potencial de crescimento relevante e uma capacidade de implementar novas soluções, acordam os oradores do Cefic no ACHEMA 2024.
A promoção de uma economia circular e o objetivo de atingir a neutralidade climática até 2050 são os grandes desafios para a indústria que terão de ser enfrentados através da inovação, colaboração, políticas de suporte e incentivos de mercado.
Para saber mais sobre as intervenções dos oradores do Cefic acerca deste assunto, consulte aqui.
O progresso da indústria química é lento, apesar de na generalidade o mercado parecer mais estável. Esta é a mais recente conclusão do relatório de junho do Cefic, que pretende analisar e apresentar os resultados obtidos na indústria até ao momento atual (2024) em relação ao ano anterior.
Outro dado referido no relatório é a melhoria ligeira da opinião dos gestores ao nível de encomendas, porém ainda revelador de uma procura fraca. Para além disso, contrariamente ao comércio de retalho e serviços, os setores da indústria e construção permanecem estáveis face à situação de incerteza no mercado atual.
Para saber mais sobre o relatório e os seus resultados, consulte aqui.
Decorre, já nos próximos dias 19 e 20 de junho, a exibição Chemspec Europe 2024 em Duesseldorf.
O evento caracteriza-se por ser um espaço comercial que tem como objetivo fomentar a ligação entre os variados elementos pertencentes à indústria química: produtores, distribuidores e compradores, de maneira a que possam discutir melhores soluções e ter acesso a produtos específicos.
Dorothee Arns, Diretora Geral da Fecc, participará no evento com uma apresentação denominada de “Cadeia de Valor da Indústria Química – Hoje e Amanhã”.
Não deixe de participar e visitar este espaço. Existem descontos especiais para membros da Fecc. Inscreva-se aqui.
Para complementar o Acordo Verde Europeu, a Declaração de Antuérpia já possui mais de 500 assinaturas de apoio à sua concretização. O Diretor Geral do Cefic, Marco Mensink, refere que este elevado número de apoios representa uma prova de um esforço comum que está a ser feito para combater os principais desafios da indústria química europeia e manter a sua independência face ao mercado externo.
Para mais informação acerca da Declaração de Antuérpia, consulte aqui.
A Fecc organiza, conjuntamente com a TDI Sustainability, um webinar acerca da “ The EU Corporate Sustainability Due Diligence Directive (CSDD)”, uma iniciativa que pretende promover comportamentos sustentáveis por parte das empresas, ao nível do impacto ambiental e direitos humanos.
Serão abrangidos, tendo em conta a temática do webinar, variados setores de atividade, nomeadamente extração de minerais, produção de metal, agricultura, pesca, moda, entre outros.
O webinar, está marcado para dia 13 de março, entre as 14h e as 15h, e é de acesso livre aos associados da Groquifar, por isso não deixe de participar.
O Cefic publicou recentemente um documento com factos e dados de 2023 que pretende ajudar a indústria química da UE27 a perceber como navegar pelo futuro.
São diversos os fatores que continuam a afetar a indústria química europeia que reportou um declínio de 10,6%, a terceira maior queda na produção em 2023 (janeiro-setembro). Isto acontece numa altura em que a indústria química europeia passa pela maior transformação da história ao tornar-se climaticamente neutra, circular e digital, enquanto se faz a transição para produtos químicos seguros e sustentáveis até 2050.
Esta transformação requer um grande investimento por parte das empresas químicas, sendo que as soluções desenvolvidas irão potenciar a prosperidade da indústria química para se alcançar os objetivos europeus definidos para o cumprimento do Pacto Ecológico Europeu.
A indústria química representa neste momento 15% das emissões de CO2, sendo foco central do Pacto Ecológico Europeu.
A nova legislação europeia, em conjunto com a crescente pressão de stakeholders e clientes, irá desafiar a indústria química a ser mais sustentável ao longo de toda a sua cadeia de valor. Assim, existe uma pressão crescente para a redução e/ou mitigação de emissões através do desenvolvimento e implementação de tecnologias viáveis para a transição de matérias-primas de carbono fóssil para energias renováveis.
Desta forma, as empresas da indústria química têm a oportunidade de construir um futuro completamente novo baseado em relações mais estreitas com stakeholders para acelerar o movimento para a criação de novos modelos circulares de negócio.
As indústrias, os decisores políticos e as famílias estão a preparar-se para um fecho difícil de 2023 e um fraco início de 2024. A recuperação substancial da procura pode ser ainda mais ilusória do que o esperado, com as atuais condições económicas a indicarem potencialmente uma mudança fundamental na dinâmica da economia global.
No mais recente episódio do podcast Think Tank do ICIS, este tema é debatido com uma visão do futuro para o setor químico, destacando-se a mudança de paradigma a nível mundial, o potencial para um crescimento negativo da procura de produtos químicos em algumas regiões e o negócio de produtos químicos comuns vir a ser dominado pelos detentores de recursos naturais e energéticos.
É esperado que a produção química europeia diminua cerca de 8% em 2023 em comparação com o ano anterior, sem uma recuperação iminente da procura química na Europa. Esta perspetiva aplica-se a quase todos os segmentos de negócios, enquanto os produtos químicos de consumo são os mais resilientes.
A perspetiva económica vai no mesmo sentido de um começo de ano fraco, sendo que os primeiros 4 meses de 2023 não apresentaram uma forte recuperação após a queda da produção no último trimestre de 2022. No primeiro trimestre de 2023, o volume de produção caiu 13,5% comparativamente ao ano anterior.
Assim, os níveis de utilização da capacidade do 1º trimestre de 2023 mostram níveis semelhantes aos observados durante a primeira vaga de Covid-19 em 2020. A procura por parte dos clientes também mostra uma tendência negativa: a fraca procura doméstica e de exportação levará à necessidade de mais redução nos stocks de produtos químicos.
