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Inspectores do Infarmed vão fiscalizar falta de medicamento para doença de Parkinson

Inspectores do Infarmed vão fiscalizar falta de medicamento para doença de Parkinson

 Todos os inspectores do Infarmed vão realizar nas próximas 72 horas uma operação para identificar “actos que violem a legislação em vigor” e estejam na origem das “dificuldades de acesso ao medicamento” Sinemet, utilizado na doença de Parkinson, ou outros fármacos.

Em nota enviada à comunicação social, a autoridade que regula o sector do medicamento garante que está a acompanhar “todas as situações que impeçam o regular abastecimento de qualquer medicamento no mercado nacional e o acesso dos utentes aos medicamentos de que necessitam”.

Em relação ao medicamento Sinemet, que continua esgotado em várias farmácias portuguesas, “pelas características da doença a que se destina e a importância da manutenção da terapêutica por parte dos doentes, tem sido particularmente visado nas acções de fiscalização do Infarmed ao circuito do medicamento”, lê-se na nota. “Não obstante, persistem, de forma recorrente, relatos nos órgãos de comunicação social sobre dificuldades de acesso a este medicamento e a situações que geram algum receio junto dos doentes de que dele necessitam”, prossegue o Infarmed.

Uma vez que “tais relatos não coincidem com a informação transmitida pelo responsável pela colocação do medicamento no mercado, que garante estar a abastecer regularmente o mercado nacional com as embalagens suficientes para suprir as necessidades”, o Infarmed determinou a realização, nas próximas 72 horas, de uma operação a nível nacional com o objectivo único de identificar atos que violem a legislação em vigor e que, por esse facto, estejam na origem das dificuldades de acesso ao medicamento Sinemet, ou outros”.

O Infarmed vai ainda “criar um canal de comunicação directo com o Infarmed (por telefone e e-mail) exclusivamente dedicado à recolha de informações sobre o medicamento Sinemet ou outros com dificuldade de acesso”, cujo objectivo é “receber reclamações e denúncias por parte dos doentes ou farmácias que permitam identificar potenciais focos de dificuldade de acesso aos medicamentos”.

Este organismo do Ministério da Saúde vai ainda “reunir com as associações de doentes e profissionais de saúde da área da doença de Parkinson de modo a envolvê-los na recolha e difusão de informação junto dos seus associados”.

O Infarmed espera, com estas acções, “identificar responsabilidades na origem dos problemas de acessibilidade, garantir o regular funcionamento do circuito do medicamento e ultrapassar as dificuldades sentidas pelos doentes de Parkinson (ou outros) em aceder ao medicamento de que necessitam”