Acordo entre VipFarma e Farmasierra para a Península Ibérica
A portuguesa Vipfarma – Logística Farmacêutica, SA e a espanhola Farmasierra Distribución assinaram um acordo que possibilitará a oferta conjunta de serviços de logística farmacêutica para toda a Península Ibérica.
O acordo pretende, segundo comunicado, «oferecer todo o conjunto de serviços, na área da logística farmacêutica, para as empresas farmacêuticas estabelecidas na Península Ibérica, independentemente de se situarem em Portugal ou em Espanha, desde receção, armazenamento, picking e entrega aos destinatários, oferecendo ainda outros serviços como reembalamemto, processamento de devoluções, etc.».
»Para a Farmasierra esta parceria é um passo no crescimento da nossa área de distribuição e para a internacionalização das nossas atividades», diz Thomas OIleros, presidente do grupo Farmasierra.
De acordo com José Miguel de Melo Ribeiro, presidente do conselho de administração da VipFarma «este acordo é o resultado da busca de um Parceiro na Espanha com o mesmo nível de qualidade, capacidade e interesse em desenvolver uma parceria mais profunda na busca de respostas às crescentes necessidades das empresas farmacêuticas para operarem no mercado ibérico».
Fundada em 1995, a VipFarma é composta por 55 colaboradores com «conhecimento profundo de todas as características do sector de distribuição farmacêutica».
Já a Farmasierra Distribución apresenta um volume de 20 milhões de unidades tratadas anualmente, «oferecendo uma distribuição mundial de medicamentos, suplementos alimentares, cosméticos e produtos de saúde, chegando a armazenistas, farmácias e hospitais».
Presidente do Infarmed diz ter sido afastado do seu cargo pelo ministro
O presidente do Infarmed disse, em declarações à TSF, que foi afastado do seu cargo pelo ministro da Saúde, que lhe informou que “pretendia uma nova equipa e uma nova direção” à frente deste organismo.
“É uma decisão perfeitamente legítima que aceitei sem qualquer contestação como é natural”, acrescentou Jorge Torgal, que confirmou não ter saído por sua iniciativa.
Em declarações à TSF, Jorge Torgal adiantou que não apresentou qualquer pedido de demissão a Paulo Macedo, tendo sido o “ministro que entendeu que devia renovar a equipa”.
“Não tenho de concordar ou deixar de concordar. Com certeza que concordo. O ministro está no seu direito de nomear os dirigentes que entende serem mais adequados para os objetivos políticos que pretende”, explicou. Jorge Torgal, que referiu que não tem de comentar as decisões do ministro da Saúde, lembrou também que já está decidido há um ano que os “novos estatutos confirmam a redução de cinco para três membros” da administração do Infarmed.
Citada pelo jornal Público, fonte do Ministério da Saúde tinha indicado que Jorge Tortgal tinha decidido por livre e espontânea vontade deixar a presidência do Infarmed.
Contactado pela TSF, Miguel Vieira, assessor do ministro Paulo Macedo, afirmou que foi Jorge Torgal que pediu para abandonar a presidência do Infarmed.
Farmacêuticas pedem ajuda à UE para travar queda do preço de medicamentos
A Federação Europeia das Associações da Indústria Farmacêutica enviou uma carta aos líderes europeus pedindo-lhes que, na cimeira que decorre em Bruxelas, estudem medidas para evitar que os preços dos medicamentos continuem a baixar e alertam que o setor não aguenta mais penalizações, avança o jornal Público.
Na carta, é citado o exemplo de Portugal, como um dos países onde os laboratórios têm sido alvo de sucessivas baixas nos preços dos fármacos – o que vai acabar por se alastrar a outros países.
Assinada pelo presidente da federação, Andrew Witty, a missiva começa por defender que a “inovação é vital para qualquer estratégia económica de sucesso a longo-prazo”, pedindo que durante o Conselho Europeu de Bruxelas os líderes reconheçam a importância no papel das farmacêuticas na Europa.
Witty alerta que “as ações passadas não vão garantir o sucesso no futuro” e que só os membros da federação gastam anualmente 25.700 milhões de euros em investigação e desenvolvimento (I&D), o que corresponde a 660 mil postos de trabalhos diretos, escreve o Público.
A federação considera, por isso, “irónico” que a mesma União Europeia que quer apostar em I&D crie “distorções de mercado que impedem que medicamentos inovadores cheguem aos doentes”, assistindo, depois, à saída destas empresas para mercados como o asiático.
Esta organização refere como exemplos concretos as sucessivas descidas de preços de medicamentos que têm sido feitas pelos países que estão em situação mais difícil, como é o caso da Grécia, Irlanda, Itália, Espanha e Portugal.
A federação diz compreender que estes países tenham de tomar medidas para controlar a despesa pública e recuperar a credibilidade, mas sublinha que o setor farmacêutico, só nestes cinco países, em 2010 e 2011 contribuiu com sete mil milhões de euros
Indústria Farmacêutica tenta travar novas regras de prescrição na justiça
São duas ações distintas, com diferentes argumentos, mas com o mesmo propósito: suspensão e/ou revogação das medidas impostas pela nova lei de prescrição por substância ativa, em vigor desde o início do mês, que permite aos cidadãos trocarem medicamentos nas farmácias e optarem pelos mais baratos.
A APIFARMA foi a primeira a avançar com uma providência cautelar nesse sentido, ainda antes de as novas regras da chamada prescrição por DCI (Denominação Comum Internacional) entrarem em vigor, e, na semana passada, deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa uma ação idêntica da Associação Portuguesa de Genéricos (APOGEN).
A Ordem dos Médicos (OM), a primeira a ameaçar publicamente com uma ação deste tipo, ainda está a aguardar parecer jurídico, mas promete apresentar também uma providência cautelar em breve.
As empresas de genéricos pediram a suspensão ou a revogação da nova portaria que, entre outras medidas, obriga as farmácias a ter disponíveis três dos cinco medicamentos genéricos mais baratos de cada substância ativa.
Paulo Lilaia, presidente da APOGEN, acredita que as novas regras de prescrição por substância ativa colocam o «sério risco» de impedir o acesso de muitas empresas ao mercado e, logo, de comprometer a sua sobrevivência.
«Há um conjunto de problemas na nova lei», explica Paulo Lilaia, notando que os dados preliminares sobre as vendas em Junho «não mostram o esperado aumento no mercado dos genéricos».
«Não queremos esperar que algumas empresas caiam para provar que esse perigo existe. Alertámos o tribunal com base em princípios e leis de concorrência e demonstrámos que estamos perante o verdadeiro risco das empresas não terem acesso ao mercado», argumenta o presidente da APOGEN.
Também a APIFARMA confirma que avançou com uma providência cautelar no passado dia 30 de Maio, estando agora a aguardar que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa se pronuncie sobre a ação.
Numa declaração enviada ao “Público”, a APIFARMA sublinha que «sempre reconheceu como não necessária a alteração do regime jurídico da prescrição por DCI» e argumenta que esta mudança «coloca em causa a relação de confiança entre o médico e o doente, pode representar riscos para a segurança do doente e tem consequências críticas para as empresas nacionais, que vêem o sistema de licenças, em que se baseia boa parte da sua atividade, ser posto em causa, com graves prejuízos para a sua sustentabilidade».
Meganegócio na distribuição de medicamentos: Walgreens compra Alliance Boots
Nasce gigante mundial na distribuição de medicamentos em operação que envolve uma verba maior do que o défice de Portugal.
É um meganegócio no setor da distribuição de medicamentos.
Por 16,2 mil milhões de dólares, a Walgreens, o maior distribuidor de medicamentos e de produtos de saúde dos EUA, vai comprar a líder do setor a nível europeu, a Alliance Boots, sedeada no Reino Unido.
São cerca de 12,8 mil milhões de euros, mais do que o nosso défice de 9,2 mil milhões de euros, em 2011 (valor ao qual foram descontados 3,3 mil milhões de euros por conta da transferência dos fundos de pensões da banca).
Será, assim, criado o maior grupo mundial de distribuição de medicamentos e de produtos de saúde e bem-estar, com mais de onze mil lojas espalhadas por doze países, incluíndo Portugal, segundo comunicado conjunto da Alliance Boots e da Walgreens.
As empresas adiantam também que o novo grupo passará a ser “o maior grossista do setor com uma rede de 370 centros de distribuição, abastecendo um total de 170 mil farmácias, médicos, centros de saúde e hospitais em 21 países”.
A primeira fase da operação deverá estar concluída em setembro e prevê a compra pela Walgreens de 45% da Alliance Boots por 6,7 mil milhões de dólares (cerca de 5,3 mil milhões de euros), dos quais 4 mil milhões em dinheiro e o restante em 83,4 milhões de ações.
No prazo de três anos, a Walgreens poderá concretizar a aquisição dos restantes 55% do capital da Alliance por mais 9,5 mil milhões de dólares (cerca de 7,5 mil milhões de euros), igualmente em dinheiro e em títulos (a cotação será de aproximadamente 1,55 dólares cada ação).
A Alliance Boots detém uma participação de 49% na Alliance Healthcare, controlada pela Associação Nacional das Farmácias.
Preço médio dos medicamentos caiu 43% nos últimos dois anos
Os preços dos medicamentos não pararam de cair nos últimos dois anos, avança o Jornal de Negócios.
Comparando os primeiros quatro meses de 2012 com o período homólogo de 2010, o preço médio dos remédios baixou 43%, o que corresponde a menos 2,43 euros por embalagem.
Infarmed investiga falta de medicamento para Parkinson nas farmácias
Há quase três meses que os doentes de Parkinson têm dificuldade em comprar um medicamento imprescindível para a sua sobrevivência.
A SIC tentou perceber o que está acontecer com o Sinemet®. A SIC falou com o laboratório, com doentes, com farmácias e com distribuidores.
Há um “jogo de empurra” de responsabilidade de uns para outros. E, das duas uma: ou há falta de produção ou há desvio de embalagens para o estrangeiro.
O Infarmed garante que está a investigar.
Conferência de imprensa – GIRP
Foi enviado à Comunicação Social, o convite para a Conferência de Imprensa do GIRP (Groupement International de la Répartition Pharmaceutique) que se realiza no dia 3 de Junho às 18H00, no Penha Longa Hotel & Golf Resort-Club Long (4º andar), em Sintra.
Para leitura integral do convite, queira consultar o link
Infarmed propõe alteração de valor de coimas para exportação paralela
O Infarmed propôs ao Ministério da Saúde para alterar o valor das coimas contra a exportação paralela, por considerar que o valor atual não é dissuasor e contribui para a manutenção da prática deste crime, noticia a agência Lusa.
Em declarações na Comissão Parlamentar da Saúde, o presidente do Infarmed explicou que a coima máxima prevista é 44 mil euros.
“O Infarmed fez ao gabinete do ministro da Saúde uma proposta, que terá que vir ao parlamento, para que a lógica das coimas se modifique e tenha a ver com o valor da infração, em vez de ser uma coima fixa. Para uma exportação de milhões de euros, uma coima de 44 mil euros não é dissuasora.
Na opinião de Jorge Torgal, o fenómeno de exportação paralela vai continuar enquanto Portugal tiver medicamentos mais baratos do que outros países da Europa, porque é “altamente rentável enviar medicamentos de marca para serem vendidos nesses países”.
O presidente do Infarmed acrescentou mesmo que a Europa quer que exista exportação paralela porque é um fator que leva à uniformidade dos preços na União Europeia.
Relativamente ao papel de fiscalizador do Infarmed, Jorge Torgal disse tratar-se de um “jogo do gato e do rato”. “O Infarmed vai a farmácia, não há um medicamento, volta com um inspetor e o medicamento está lá nas 12 horas depois [como previsto na lei]. Mas se o Infarmed não vai à farmácia, o medicamento não aparece”.
Estas declarações estão também relacionadas com notícias recentes de que tem havido falta de alguns medicamentos nas farmácias, o que está sujeito a coimas. Segundo Jorge Torgal, este ano já houve 32 processos a farmácias, que se traduzem em 150 mil euros de coimas que podem vir a ser aplicadas.
Farmácias sem os medicamentos mais baratos vão ser multadas
As farmácias que a partir desta sexta-feira [manhã] não tenham disponíveis para venda pelo menos três medicamentos do grupo dos cinco mais baratos com a mesma substância ativa incorrem em multas até 44 mil euros, avança o Diário Económico.
A prescrição de medicamentos por denominação comum internacional (DCI) entra em vigor esta sexta-feira. Na prática, as receitas prescritas pelo médico passam a indicar o nome da substância ativa e não a marca do medicamento, dando oportunidade ao doente de escolher na farmácia o genérico mais barato.
A medida sofreu vários avanços e recuos nos últimos anos mas acabou por ser aprovada por unanimidade no Parlamento no início deste ano. O objetivo é levar os médicos a receitar mais genéricos, o que contribui para a poupança do Estado e dos doentes.
Neste sentido, o memorando assinado com a ‘troika’ também prevê a implementação de medidas que aumentem a prescrição de genéricos. Para garantir que o doente leva mesmo para casa um dos medicamentos mais baratos, as farmácias terão de ter disponíveis os três medicamentos com o preço mais baixo de cada substância ativa. E as farmácias incumpridoras ficam sujeitas a uma multa que pode ir até 44 mil euros.
A medida foi aprovada na semana passada em Conselho de Ministros, juntamente com um pacote de novas regras para as farmácias, e anunciada quarta-feira pelo presidente do Infarmed, na Comissão Parlamentar de Saúde.
“Agora, se a farmácia não tiver um medicamento [disponível] não tem a coima máxima. Com a nova legislação, no caso da farmácia não ter [para venda] três dos cinco medicamentos mais baratos, a coima passa para a gravidade máxima”, ou seja 44 mil euros, explicou Jorge Torgal.