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Medicamento para a doença de Parkinson em falta

Medicamento para a doença de Parkinson em falta

 Na semana passada, foi notícia a falta de um remédio insubstituível para a doença de Parkinson. O alerta foi feito pela Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDP).

 

 

“Formalmente, o Sinemet® não está esgotado mas há muita escassez. É muito difícil de encontrar”, referiu José Luís Mota Vieira, presidente da APDP, explicando que este fármaco é “o mais antigo, um dos mais eficazes e o mais prescrito”. 

 

Poucas horas após o alerta público de médicos e doentes, o Infarmed confirmou a situação e adiantou que, segundo informação do titular de autorização do mercado deste medicamento, “a situação estará regularizada na próxima semana”. “Pois, dizem isso todas as semanas há já três meses”, responde José Mota Vieira. 

 

O presidente da associação não hesita em avançar uma explicação para a escassez do fármaco: “Não é sequer uma suspeita, sabemos que isto é resultado da exportação. O Sinemet® tem um preço baixo em Portugal e é preferível vendê-lo em países onde é mais caro”.

Conta, a propósito, que, na sequência das notícias sobre o Sinemet®, recebeu uma denúncia de um doente: “Um doente português telefonou-me a relatar que tinha adquirido na Suécia uma embalagem de Sinemet® com a bula em português”. Os laboratórios que comercializam o fármaco alegam que há problemas de produção.

 

O Infarmed refere apenas que mantém “uma vigilância activa e, sempre que necessário, actua em conformidade”.

Em 2011, na sequência de 42 acções inspectivas motivadas por várias denúncias, o Infarmed detectou práticas ilegais em 34 farmácias e distribuidores – os quais foram alvo de contra-ordenações por exportação ilegal de fármacos. Os países nórdicos e Angola e Moçambique, onde vários medicamentos são mais caros do que em Portugal, são os destinatários mais comuns da exportação.