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Farmacêuticas pedem ajuda à UE para travar queda do preço de medicamentos

Farmacêuticas pedem ajuda à UE para travar queda do preço de medicamentos

A Federação Europeia das Associações da Indústria Farmacêutica enviou uma carta aos líderes europeus pedindo-lhes que, na cimeira que decorre em Bruxelas, estudem medidas para evitar que os preços dos medicamentos continuem a baixar e alertam que o setor não aguenta mais penalizações, avança o jornal Público.

Na carta, é citado o exemplo de Portugal, como um dos países onde os laboratórios têm sido alvo de sucessivas baixas nos preços dos fármacos – o que vai acabar por se alastrar a outros países.

Assinada pelo presidente da federação, Andrew Witty, a missiva começa por defender que a “inovação é vital para qualquer estratégia económica de sucesso a longo-prazo”, pedindo que durante o Conselho Europeu de Bruxelas os líderes reconheçam a importância no papel das farmacêuticas na Europa.

Witty alerta que “as ações passadas não vão garantir o sucesso no futuro” e que só os membros da federação gastam anualmente 25.700 milhões de euros em investigação e desenvolvimento (I&D), o que corresponde a 660 mil postos de trabalhos diretos, escreve o Público.

A federação considera, por isso, “irónico” que a mesma União Europeia que quer apostar em I&D crie “distorções de mercado que impedem que medicamentos inovadores cheguem aos doentes”, assistindo, depois, à saída destas empresas para mercados como o asiático.

Esta organização refere como exemplos concretos as sucessivas descidas de preços de medicamentos que têm sido feitas pelos países que estão em situação mais difícil, como é o caso da Grécia, Irlanda, Itália, Espanha e Portugal.

A federação diz compreender que estes países tenham de tomar medidas para controlar a despesa pública e recuperar a credibilidade, mas sublinha que o setor farmacêutico, só nestes cinco países, em 2010 e 2011 contribuiu com sete mil milhões de euros