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Gastos do Estado com medicamentos baixaram 5,7% no primeiro semestre

Gastos do Estado com medicamentos baixaram 5,7% no primeiro semestre
O Serviço Nacional de Saúde conseguiu poupar mais nas comparticipações (7,2%) do que nos hospitais (1,2%). Despesas atingiram 1.132 milhões de euros até Junho.
Os gastos do Estado com medicamentos ascenderam a 1.132 milhões de euros no final do primeiro semestre deste ano, o que representa uma quebra de 5,7% em relação a igual período de 2011.
Os dados da Autoridade Nacional do Medicamento (INFARMED) indicam que o Serviço Nacional de Saúde está a cortar mais ao nível da comparticipação de fármacos adquiridos nas farmácias (ambulatório) do que em meio hospitalar.
Até junho, a despesa em ambulatório atingiu os 612,5 milhões de euros, menos 7,2% do que no final do primeiro semestre do ano passado. Nos hospitais, os gastos totalizaram 513,7 milhões, o que traduz um decréscimo de 1,2% face aos primeiros seis meses de 2011.
De acordo com o “Público”, a análise do INFARMED ao mercado de medicamentos em ambulatório concluiu que a diminuição dos encargos «pode dever-se ao facto de alguns medicamentos já poderem ter sido vendidos aos novos preços decorrentes da revisão anual, embora ainda de uma forma muito ligeira, uma vez que ainda está em curso o período de escoamento estabelecido na legislação inerente».
Em termos globais, este segmento de mercado, apesar de ter registado um aumento (2%) do número de embalagens vendidas (120.814.559), caiu 11,8% em termos de valor, para 1.317 milhões de euros.
O preço de venda ao público dos medicamentos – neste indicador a análise disponível vai só até maio – diminuiu, em média, 5,5% relativamente ao período homólogo de 2011, o que se refletiu nos encargos dos utentes, que baixaram 5,7% neste período. O preço médio acumulado nos primeiros seis meses deste ano foi de 10,91 euros, o valor mais baixo pelo menos desde 2007. No final do primeiro semestre de 2011, o preço médio foi de 12,62.
Em 2011, apesar de o SNS ter conseguido gastar menos 19,2% com as comparticipações, os doentes pagaram mais 9,3%. Uma situação que decorreu da diminuição da taxa média de comparticipação para 63,13%, o valor mais baixo dos últimos cinco anos. Em 2010, foi de 69,84%.