A GROQUIFAR participa no Congresso da OF – Exportação Paralela
O setor grossista de distribuição farmacêutica em Portugal atravessa seguramente a maior crise de sempre das últimas décadas, resultante de um conjunto de políticas e medidas na área do medicamento e da farmácia de oficina, defendidas por sucessivos governos, tendo nos dois últimos anos atingindo proporções impensáveis na sequência da intervenção da troika no nossa País.
Deste modo, o tema “Sustentabilidade do setor da distribuição farmacêutica num contexto de crise económica e social”, não podia estar mais na ordem do dia. A distribuição grossista, do modo como está organizada, é o garante da assistência medicamentosa a toda a população. a sustentabilidade deste setor é agora posta em causa se um conjunto de medidas responsáveis não forem a curto prazo assumidas por quem tutela a área do medicamento. o mercado da distribuição farmacêutica nacional está dividido por conjunto de empresas, em que quatro delas são cooperativas, e representam aproximadamente 42% de quota de mercado; das restantes empresas, duas estão ligadas a multinacionais, tendo uma delas participação de capitais portugueses.
As empresas de distribuição grossista cada vez mais estão a sofrer aquilo que chamamos do “síndroma da sandwich”, completamente pressionadas pelos clientes, as farmácias, na busca das melhores condições comerciais e financeiras, não descurando um elevado nível de serviços, e a indústria farmacêutica, com uma capacidade económica enorme, e com uma forte pressão nas margens e uma ameaça permanente no estabelecimento de uma relação direta com as farmácias.
Por tudo isto, a sustentabilidade do setor passa por uma reestruturação ao mais ínfimo pormenor por parte das empresas grossistas, de modo a tornarem-se mais eficientes, o que vai obrigatoriamente levar a uma redução dos serviços que prestam. Esta redução de serviços terá forçosamente um impacto junto das farmácias que deverá eventualmente conduzir a algumas alterações de parte a parte.