O número de processos judiciais por regularização de dívidas de farmácias aos grossistas aumentou perto de 40%
No primeiro semestre de 2010, o número de farmácias com fornecimentos suspensos aumentou 47%, uma situação preocupante considera a Associação Nacional de Farmácias (ANF).
Segundo dados a que a agência Lusa teve acesso, em Junho deste ano 375 farmácias estavam com os fornecimentos suspensos, mais 47 por cento do que em Dezembro do ano passado (255).
«Naturalmente que é preocupante, aliás este quadro é elucidativo, uma vez que em seis meses revela uma degradação da situação financeira e de relacionamento das farmácias com os fornecedores», analisou o vice presidente da ANF, João Silveira.
No mesmo período, entre Dezembro de 2009 e Junho de 2010, o número de processos judiciais em curso para a regularização de dívidas das farmácias aumentou de 121 para 168, o que significa um aumento de 39 por cento.
Já o número de farmácias com acordos de regularização de dívidas aumentou 178 por cento, passando de 179 para 497.
João Silveira referiu que «apesar da antecipação dos pagamentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) às farmácias, a situação está a complicar-se».
«Isto é um rescaldo da baixa de margens a funcionar durante três, quatro anos, na sequência da decisão do Governo anterior. Por outro lado, também tem que ver muito com a quebra dos preços dos medicamentos, que foram sucessivas, e agora mais recentemente com a quebra drástica em relação aos medicamentos genéricos, que começam a ter uma quota de mercado importante», afirmou.
In Agência Lusa